O que fazer quando não se vê mais sentido em nada? Sua vida não tem propósito ou foi você que desaprendeu a ver a beleza das coisas?
São estas as perguntas que Verbo, filme do diretor estreante Eduardo Chapero-Jackson e dos mesmos produtores de "O Labirinto do Fauno" e "O Orfanato", deixaram na minha cabeça.
Acho que muitos de nós já nos colocamos nesta situação, em que não nos encaixamos no mundo em que vivemos, não vemos serventia naquilo que fazemos nem compreendemos as pessoas ao nosso redor.
É assim que se apresenta Sara uma adolescente de 15 anos que não consegue mais perceber beleza no mundo a sua volta. Seu relacionamento com os pais é conturbado, a mãe tem uma co-dependência patológica com a menina e o pai, ausente, submerso no trabalho não conhece a filha que tem.
Por sorte temos LIRIKO, personagem obscuro que aparece em relances, em grafites nas paredes deixando pistas, recados e peças soltas do quebra-cabeça que a protagonista terá de montar para dar sentido a sua existência.
O filme nos conduz de forma gostosa e suave, não é cansativo e tem um fotografia muito exclusiva, em alguns momentos me lembrou "Um Olhar do Paraíso" de Peter Jackson. Cheio de referências literárias e musicais, arquitetônicas, psicológicas e espirituais, tenho certeza de que vai ser um prato cheio para os cinéfilos e todos os que buscam o auto-conhecimento.
Pra mim ele me mostrou de forma poética, com direito a Rap (que me lembrou os comerciais da Natura rsrsrsrs..) e Dom Quixote, a busca de uma menina pelo seu verdadeiro Ser.
O filme tem uma mistura com animação e clip musical que trazem "inovação" ao cenário das produções atuais, eu sinceramente já estava cansado das mesmas coisas de sempre. E nos dá mais uma visão do que seria o Umbral ou o vale dos suicidas.
#Recomendo
Quem sou eu?
Eu sou.
Eu sou Eu.
EU SOU.
VERBO!
Trailer:
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